Vacina da gripe: o que muda em 2018

O que tem dentro da vacina

Todos os anos, os subtipos dos vírus da gripe que serão incluídos no imunizante mudam. Isso porque os diferentes causadores dessa infecção circulam pelo mundo e sofrem mutações com frequência.

Quem define a composição da vacina é a própria OMS, que reúne e analisa as informações enviadas por centros de vigilância de todos os países. Aqui no Brasil, por exemplo, temos três estações-sentinela: o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e o Instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará. Essas instituições fazem exames em indivíduos infectados para descobrir quais as cepas virais que mais circulam em cada região.

A partir desses dados, os experts batem o martelo sobre a composição da vacina e fazem o anúncio no mês de setembro para o Hemisfério Sul e em fevereiro para o Hemisfério Norte. Em 2018, os tipos de vírus incluídos em nossa campanha são o H1N1, o H3N2 e o influenza do tipo B Yamagata.

Quem deve tomar

Em comparação com 2017, não teremos nenhuma alteração em relação ao público que deve levar a picada. A escolha desses grupos se deve ao fato de eles serem mais vulneráveis aos efeitos da gripe e sofrerem mais com seus sintomas e desdobramentos.

Além disso, parte desse pessoal possui contato diário com outras pessoas infectadas, o que aumenta o risco de transmissão. A lista inclui:

Crianças de 6 meses a 5 anos
Pessoas com mais de 60 anos
Gestantes
Mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias
Profissionais da saúde
Professores da rede pública e particular
População indígena
Portadores de doenças crônicas, como diabetes, asma e artrite reumatoide
Indivíduos imunossuprimidos, como pacientes com câncer que fazem quimioterapia e radioterapia
Portadores de trissomias, como as síndromes de Down e de Klinefelter
Pessoas privadas de liberdade

E se eu não faço parte desses grupos?

Nesses casos, é possível tomar a vacina numa clínica particular. O preço varia de 100 a 200 reais.

Ao contrário da rede pública, que distribui a versão trivalente do imunizante, esses lugares geralmente disponibilizam a tetravalente. A diferença está na presença de um quarto tipo de vírus na composição, o que eleva o nível de proteção. Além das cepas H1N1, H3N2 e do tipo B Yamagata, ele resguarda contra o tipo B Victoria.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/vacina-gripe-2018/